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MAGIE NOUVELLE - UM OUTRO PENSAMENTO PARA A MÁGICA

 

O encontro com a Magie Nouvelle se dá a partir das demandas de posta em cena de imagens surreais. Caroline Holanda, então encenadora do projeto Sólito, faz a formação em 2013/2014 no Centro National das Artes do Circo - França.

A Magie Nouvelle é um movimento artístico de origem francesa, em 2002. Ela emerge a partir do desejo de romper (não negar, nem abandonar) com os limites estabelecidos pela mágica moderna, tal como definida por Robert-Houdin:  "o mágico é um ator que interpreta o papel de mágico". A Magie Nouvelle reinvidica  um campo da mágica no qual ela seja uma linguagem do desvio/deslocamento do real no real.

O circo e a magia se ocupam de desafiar as regras do real. Na acrobacia se coloca em jogo os limites do corpo. A mágica chega logo depois desse terreno: "o que o circo [no domínio da virtuose corporal] realiza como metáfora, a magia efetua diretamente, isto é, por figuração. Um pintor pode representar um homem que voa, um romancista pode ler no pensamento de seu personagem, uma dançarina pode dar o sentimento de se fazer metade: em todos os casos, é no espítio do espectador ou do leitor que é criada a imagem. A magia é uma arte na qual a linguagem é o deslocamento do real no real. Ela acontece no mesmo tempo-epaço que aquele da percepção (...). A dança se exprime em uma coreografia, a pintura em um quadro, o cinema sobre uma tela: a magia pode tomar forma em não importa qual linguagem artística." (Raphael Navarro, co-criador da Magie Nouvelle.)

Assim, um malabarista pode constituir seu espetáculo no campo da magia, tal como uma dança pode acontecer em levitação.

"Com a magia, o real adveio um sistema de forças em si, sobre o qual se pode trabalhar, fundar um imaginário ou uma estética." (Raphael Navarro)

O Scenogramas se inscreve nesse movimento, o primeiro grupo brasileiro a tormar a Magie Nouvelle como solo estético e poético.

 

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